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terça-feira, janeiro 31, 2006

Os mortos näo têm febre! 

"Estamos indignados y perplejos. Muchas voces, desde muchos ángulos, confiesan que estamos en crisis. Y que, así las cosas, no le va ni a Dios ni al Mundo.
Estar en crisis, sin embargo, no es necesariamente una desgracia. La crisis es la fiebre del espíritu. Donde hay fiebre hay vida. Los muertos no tienen fiebre".
D. Pedro Casaldáliga

Às vezes custa... mas tem de ler-se! 

Para quem gosta de análise corrosiva e cáustica, humor mordaz e pensamento acutilante, a chegada de Vasco Pulido Valente à blogosfera merece celebraçäo. Claro que o dito também provocará azia a muito boa gente. Mas antes irritados pela inteligência que indiferentes pela mediocridade!

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Amor... 

Amor, amor, amor... muito se fala de amor, nesta nossa santa Igreja. É, de longe, a entidade com o mais longo, profundo, meditado e belo discurso sobre o amor.
Porque nisto, do pensar, conceber e escrever discursos, näo há como os escribas católicos de serviço.
Conheço quem se tenha convertido ao catolicismo, vindo de outras confissöes, seduzido pelo "corpo doutrinal", pela "espiritualidade impressa". Depois... Bem, depois constatou o óbvio: entre o que se escreve e se proclama e a realidade eclesiástica e eclesial há um abismo de desencanto.
O amor näo é um estado, mas uma acçäo. E uma acçäo concreta, de cuidado. Amar é cuidar. Näo é reflectir sobre a moralidade do "amado", numa tentativa de levá-lo, através de um amor manipulativo, ao que se concebe como o seu "dever ser". Isso pode ser cinismo, sacanice ou até simples ingenuidade; mas näo se lhe chame amor!
Durante os últimos vinte anos da minha vida, quase apanhei uma overdose de discurso amoroso dentro da Igreja. Mas tenho visto täo pouco amor! E, curiosamente, as maiores manifestaçöes de amor que tenho presenciado na Igreja, têm saído de quem pouco discursa; de quem pouco se preocupa em "fundamentar" esse amor; de quem age (porque é de acçöes que estamos a falar) porque näo pode, existencialmente, fazer outra coisa; porque o amor lhes brota como um imperativo de uma consciência onde, em vez de discursos, há simples humanidade. E onde há humanidade, aí aparecerá Deus, mais cedo ou mais tarde...
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Nota: Embora possa parecer, estas minhas palavras näo têm nada a ver com a recente Encíclica Deus Caritas Est de que, por sinal, até gostei.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

O resto é conversa... 

"O programa do cristão é « um coração que vê »"
in Deus Caritas Est

Sim senhor... 

Näo sei se concordam comigo, mas a "teosfera" está cada dia mais animada. Já há debate, reflexäo, humor e, parece-me, muita vontade de partilhar coisas importantes. Entre Jardins e Confessionários, väo surgindo Inquietaçöes, Pontos de Vista e tantas maneiras diferentes de Ser Cristäo... Estou a gostar.
Só lamento estar numa fase em que o tempo é muito pouco. Às voltas com os exames, falta-me tempo para "meter a colher"...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Aqui está ela! 

Toca a ler, vá... E depois digam o que vos vai na alma.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Ecumenismo 

Inauguram-se hoje os trabalhos da Terceira Assembleia Ecuménica Europeia. Amanhä, o Papa Bento XVI presidirá a uma Vigília de oraçäo pela unidade, no contexto da Semana de Oraçäo pela Unidade dos Cristäos. As reuniöes e encontros continuaräo depois, em várias cidades europeias, até finais de 2007.
Apesar do processo ser lento e, de vez em quando, parecer andar para trás, o Ecumenismo deve estar sempre no centro da agenda dos cristäos. Os escândalos das separaçöes dizem mais da nossa fé do que mil tratados teológicos...

Aí está ela! 

Bento XVI acaba de lançar, como já aqui referira, a sua primeira Encíclica. Trata de Deus Amor. Disse o Papa que foi buscar inspiraçäo, imagine-se, à Divina Comédia, de Dante. Promete, portanto.
Como ainda näo li, mais näo digo. Mas sendo a primeira do seu pontificado, é possível e provável que sintetize muito do pensamento e dos desejos de Ratzinger para a Igreja.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Falso alarme! 

"Ninguém na Santa Sé empreendeu campanha para «reabilitar» Judas". Ah bom!!! Já vou dormir muito mais descansado!!!

Deus Caritas Est 

Bento XVI vai publicar a sua primeira Encíclica. Decidiu escrever sobre o Amor. Sendo a primeira, atrai sobre ela näo apenas a atençäo dos devotos católicos, mas também o olhar clínico dos críticos.
Ao anunciar a sua publicaçäo, na audiência desta manhä, Bento XVI terá referido o seu conteúdo mais ou menos assim: "Se é verdade que o amor é expressão da vida humana, é também um acto fundamental da fé que se torna um acto eclesial. Também a Igreja, como instituição, deve ser amor: caritas não no sentido de uma organização como outras organizações, mas como expressão necessária de um outro amor mais profundo, que Deus criou no nosso coração, e que nos torna imagens do amor de Deus”.
Até aqui, ninguém estará contra. Resta esperar pelo texto.

Procriaçäo 

O CA continua a escrever a propósito da Procriaçäo Medicamente Assistida. Vale a pena ler...

Por uma Terra sustentável 

"El funcionamiento autónomo de la economía capitalista llevada a nivel mundial tiende a realizar la profecía de Marx: destruir sus dos fuentes de riqueza, que son la naturaleza y los seres humanos. Para universalizar su proyecto necesitaría otras tres Tierras iguales a ésta. Como eso es imposible, sigue acumulando sólo para sí, creando desigualdades crecientes y devastando la naturaleza".
A preocupaçäo ecológico-económico-política-etc... de Leonardo Boff é antiga e fecunda. E vai produzindo, de vez em quando, artigos síntese que vale a pena ler. É o caso deste, onde percorre as alternativas ao problema enunciado acima, desde o neokeyneseanismo, passando pelo ecosocialismo, pelo pós-capitalismo, até à Carta da Terra. Em poucas palavras, muitas questöes...

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Ide, ide... 

O Adro também pode ser um ponto de partida. A partir de agora, conta com uma nova secçäo: Outras Paragens. Podem encontrar, ali à vossa esquerda, umas sugestöes à navegaçäo. É clicar e partir...

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Para conhecimento 

A Conferência Episcopal Portuguesa publicou uma Nota sobre a procriaçäo medicamente assistida.
Que me dizem?

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Vai um respiro? 

Certo dia, um jornalista perguntou ao intelectual francês Marcel Légault, täo profundo como crítico na sua reflexäo sobre o cristianismo, se ele, afinal, estava dentro ou fora da Igreja. "Nem uma coisa nem outra"- terá ele respondido - "Estou à porta". Surpreendido e desconcertado, o jornalista insistiu: "À porta?! Porquê?" E Légault esclareceu: "Para poder respirar..."
Lembro-me sempre deste episódio quando ouço algumas pessoas falarem sobre o desencanto que sentem por näo conseguirem encontrar na Igreja o espaço de liberdade e de realizaçäo que desejam.
Esta dificuldade em "respirar" acaba por afastar, desiludidos, muitos daqueles que, em certo momento, foram seduzidos pelo Cristo da humanidade plena. E säo tantos...
"J'insiste sur le fait que l'homme a besoin, non pas tant d'un maître qui enseigne ou d'un modèle qu'on imite, mais essentiellement d'une présence qui lui révèle les ressources spirituelles qui lui sont encore implicites, voire potentielles en lui ; présence qui suscite en lui les prémices de l'être qu'il est appelé à devenir. Cette présence proprement créatrice est, à mon sens, ce que Jésus a été et est encore auprès de ceux qui sont ses disciples."
Marcel Légault

terça-feira, janeiro 10, 2006

Estamos todos? 

É sempre bom regressar....
Obrigado a todos os que passaram por aqui.
Bom ano.

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