<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, novembro 28, 2005

Advento 

Novembro vai caindo no ocaso, já vencido pelo frio, pelo vento, pelo cinzento dos dias que teimam em ser cada vez mais pequenos, como se o Inverno os assustasse.
Nas noites, agora senhoras de largas horas, começa a ver-se o brilho das luzes novas iluminando os recantos das ruelas, cantando nas avenidas figuras celestiais. Anda já no ar um aroma envolvente, que faz sentir diferente o que sempre foi igual.
Cheira a Natal.
Sente-se Natal, suavemente, nas brisas gélidas em que o Outono se despede.
O Advento nasceu ontem. O tempo da esperança, feito de certezas pressentidas, aponta o milagre que vamos celebrar a 25 de Dezembro. Mas é já hoje, ontem e sempre que, no coração de cada homem, bate à porta um Deus a querer nascer, a querer transformar os nossos dias em natais de esperança, de liberdade e de sonho.
E, na debilidade do homens, encalhados em tantas coisas, perdidos em tantas noites sem Natal, somos convidados a olhar para uma mulher. Simples, pequena e pobre. Mas uma mulher a quem foi dado compreender que era da sua humanidade, frágil e breve, que o eterno Deus queria nascer. E continua a ser assim: é por entre os dedos de mãos fraternas e humanas que volta a brilhar a Estrela do Presépio de Belém.

Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?