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terça-feira, novembro 01, 2005

Sobre as relíquias... 

Durante estes dias, percorrem Portugal as relíquias de Santa Teresa de Lisieux, ao ritmo das celebraçöes, procissöes, encontros e oraçöes, programados pelas diferentes dioceses.
Por muito que tente, näo consigo descortinar uma justificaçäo razoável para esta "aposta pastoral" da Igreja portuguesa.
Sei que a veneraçäo das relíquias dos santos se desenvolveram e tiveram um lugar importante, sobretudo na religiosidade popular, ao longo dos séculos. Mas será que tem um verdadeiro sentido teológico? Näo significará, antes, um estímulo para uma espiritualidade equivocada?
Faz-me confusäo que, neste início de século XXI, se continuem a passear os restos mortais de outros cristäos como forma de pregar a fé em Jesus Cristo, único Salvador.
Todo o respeito que me merece Santa Teresa de Lisieux faz-me lamentar este exibicionismo folclórico, feito à sua custa.
E, sobretudo, lamento que a Igreja portuguesa näo encontre formas mais consentâneas com o "espírito do tempo" para continuar a sua missäo de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo.

Comments:
Caro Manuel.

Pois é... O problema é que, em termos religiosos que são sempre práticos e existenciais, é o modo de fazer as "coisas" que conta. Se as relíquias induzem alguém à disposição adequada de oração, transformação, abertura e acção cristãs... Mas é evidente que estes folklores "católicos" são muitas das vezes usados para distracção e desvio do que importa, isto é, idolatria que se intromete entre o próprio e a presença e acção divinas. Para não falar das manipulações psicológicas e sociais que por vezes... Enfim...

Aproveito para dizer que tomei a liberdade de o linkar.

Um abraço.
 
Por formação ou deformação sou muito tolerante. Por isso as relíquias não me aquentam mas também me não arrefentam.
Se porém Deus se servir delas para converter corações e vidas, benditas relíquias!
É como a visita da imagem da Senhora de Fátima que percorreu outrora Portugal e os antigos ainda falam disso com saudade!

Mudou a vida de alguém?
Pelo testemunho dos mais velhos parece que sim.
Então demos graças a Deus!...
 
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