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segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Afinal, em que ficamos? 

Este senhor escreveu uns livros negando o Holocausto. Por causa disso estava proibido de entrar na Alemanha. Recentemente, deslocou-se a Viena de Austria para uma conferência sobre o tema. Foi preso. Vai ser julgado. Pode apanhar entre 10 e 20 anos de prisäo.
Porquê?
Porque nestes dois países é crime negar o Holocausto.
Este senhor näo me inspira nenhuma simpatia. Pelo contrário. Tresanda a extrema-direita. Pim! Pim!
Mas verdade seja dita: se achamos que uns patetas dinamarqueses têm direito a publicar caricaturas de Maomé, entäo também teremos de reconhecer o direito deste sujeito de escrever as baboseiras que quiser. Ou näo?
A liberdade de expressäo inclui ter de engolir alguns sapos. Ah, pois tem!

Comments:
Ninguém disse que a liberdade de expressão não tem limites...
É preciso recordar que foi na Alemanha, com a Áustria por aliada, que nasceu o Nazismo, e tudo o que se seguiu. Não admira que a tolerância para com teses da extrema-direita seja muito pouca...
 
Em Itália, um homem processou um Padre. Diz que ele andava a enganar as pessoas, e a abusar da confiança das mesmas, ao contar a vida de Cristo.
 
Bem, não sei se aqui não se porá o limite da verdade histórica (ou o homem disse isso num romance?...)
 
Caro /me,
Também li alguma coisa sobre isso... Foi processado por andar por aí a dizer que Jesus existia... Atrevido!!!

Sim Vitor,
Tens razäo. Parece-me que neste caso o que está em causa é a verdade histórica. Mas também é verdade que anda por aí muito boa gente a negar o Gulag soviético e näo é preso por isso. Assim como há muito boa gente que continua a falar da Revoluçäo Cubana como um caso de sucesso, quando além do fracasso também tem muitas execuçöes no currículo e Ninguém os prende por isso...
 
Caro Manel
Em relação ao processo da existência de Jesus, concordarás que as provas históricas, aparte os evangelhos, são escassas. São mais os dados que temos sobre, por exemplo, a figura de João Baptista...
Em relação às negações, convirás que uma coisa á o mal que um dirigente causa ao seu próprio povo; e outra, o extermínio de pessoas apenas por pertencerem a outra tribo, ou povo, ou raça.
 
Evidentemente, pois... As épocas têm os seus "bodes expiatórios"... E também não sei se faz sentido alguém ser encarcerado por mentira ou difamação, mas eu a juridisção... Penso que os crimes de expressão (tenho dúvidas quanto ao de incitação à acção) não têm o mesmo peso de realidade que os de facto e acto... Nem sei se se costuma usar estes termos... Bolas, o que eu gosto mesmo é de poesia... ;)
 
Sobre o assunto, vale a pena ler o post de Vasco Pulido Valente no blog "O Espectro". Dizer melhor é difícil...
 
Estimado Vítor,
O que nos vale säo os poetas!
Enquanto houver poesia, o mundo näo está perdido! :)
Abraço
 
Zeca,
Li o Post do VPV. Concordo. De facto, näo há nada a acrescentar.
 
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