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segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Sobre excessos... 

"Não é novidade mas continua a ser bizarro que todos os canais televisivos transmitam em directo uma cerimónia religiosa, respeitável por certo, mas cuja ocupação do espaço televisivo é excessiva em relação ao seu interesse público. Interesse público que tem como notícia, mas injustificável em horas e horas de directo simultâneo".
Eu näo vi. Mas acredito que tenha sido assim. E concordo com Pacheco Pereira. Mas o meu acordo com ele näo se refere a ESTA situaçäo. Reflecte apenas um lamento já antigo sobre a tendência para a histeria, enraizada nos genes das nossas televisöes ( e em muitas outras, diga-se...).
O que se passou agora com a Irmä Lúcia, já se passou com muitos outros acontecimentos. Basta lembrar a morte de Amália, a tragédia de Entre-os-Rios, a morte do Fehér, etc..., etc..., etc...
O problema näo é, portanto, que haja nas televisöes portuguesas uma excessiva cobertura de "cerimónias religiosas". O que há nas televisöes portuguesas é uma excessiva mediocridade.

Comments:
Essa da mediocridade, se fosse apenas nas televisões portuguesas...
 
Näo, näo... eu sei que näo é! Aliás, nem säo das piores.
 
Essa da mediocridade, também diz respeito ao desfilar de devotos comentadores e das suas angelistas intervenções?...
 
Caro Zeca.

Eu vejo pouquíssima televisão, mas quanto aos comentadores devotos e etc, quanto a mim sim, quero dizer alguns sim e outros não... Mas a mediocridade também tem direitos de antena... :)

Considero no entanto um evidente abuso a transmissão da famosa trasladação (a ser como me disseram, os canais todos em simultâneo, horas a fio, etc)... Já com a Princesa Diana... E a Amália (por quem uma tenho uma alfamesca adoração, mas isso é outra conversa...)

Abraço.

Caro Manel.

Pois, que se lixe a televisão, e vivam os teus matinais arrebatamentos poéticos... eh eh

Abraço.
 
Ora nem mais :)
 
Depois de algumas viagens bloguíticas, eis que me dou conta de uma "pedra de tropeço" que parece ter passado despercebida, mas deixou as suas marcas: a chuva, caída em abundância durante as cerimónias.
O escândalo de uma certa teodiceia que continua a marcar a linguagem cristã e que tanto nos desacredita...
 
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