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sábado, março 11, 2006

Cinismo 

O cepticismo está fora de moda. O que está a dar é o cinismo. A velha e demodée atitude céptica de duvidar e questionar ideias e crenças deu lugar a um cinismo radical.
Qual é a diferença? Simples. Por exemplo: o céptico questiona a política dos governos e duvida das reais intenções das Organizações Não Governamentais; o cínico não só faz isto, como acha que os mendigos são uns aldrabões.
Para um cínico não existe acção desligada de egoísmo. O cínico não acredita em actos desinteressados. Não espera nada de ninguém e, portanto, também não se sente obrigado em relação a ninguém.

Comments:
Eu, do fundo de um cinismo que, não sendo funamentalista, sempre me salva nas situações mais comprometedoras, não deixo de reconhecer que o cinismo é, acima de tudo, a cobardia de quem receia participar na vida e no Mundo na primeira pessoa... Resumindo, ser cínico é assistir à vida em vez de passar por ela!
 
Senhor Padre:
para de resmungar:)
partilha antes ideias, anseios e sonhos.
Estamos à espera deles!
 
Desta vez concordo!!!
Odeio o cinismo... É do pior que há...
 
Manuel,
hoje dei uma nova resposta, mais pensada, às tuas observações sobre "o Tempo do corpo". Será que vivemos ralmente no tempo do corpo, ou não será precisamente o contrário?
 
Obrigado pelos comentários.
Mas On... eu sou resmungäo! Näo há nada a fazer...:)
 
Caros.

Eu bem sei que não é nada disso (?) que aqui se está tratando, mas não resisto…

Eu cá sempre gostei do Diógenes… O cínico pensa que todos somos aldrabões, a começar por ele próprio. A noção de que nenhuma tese natural ou cultural responde à vida seria demoníaca se contraditoriamente constituísse essa noção em tese. O que o cínico faz é dissolver todas as teses enquanto pretensas verdades, mostrando assim que todas as representações e conceitos soçobram perante o simples ruído da água a correr no ralo do lavatório. Que a vida não trata de ter, precisamente, uma tese acerca de si. Se fosse uma tese, o cinismo desembocaria no obrigatório suicídio. Sendo um exercício, ele abre à ironia (sem tal seria incompreensível o humor que habita os cínicos…) – à libertação do pensamento temático enquanto solucionador da existência, e à libertação da natureza enquanto orientadora do eu. A ironia não salva, mas ressalva, já dizia o poeta. Quanto a muito cristianismo que pretende ter superado o cinismo, e parafraseando o ironista – já não seria mau que a este chegasse.

Abraços.
 
Caro Vitor, eu tenho uma costela do Diógenes…
 
Caro On, guarda-a bem, guarda-a bem, a essa costela... :)
 
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