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quarta-feira, abril 26, 2006

Mudez 

A maneira de evangelizar terá de mudar. Continuamos a usar a linguagem de séculos e não verificamos que a Igreja começa a “ficar muda” pois está a usar uma “linguagem morta para falar dum Deus Vivo”.
A frase foi dita por D. Jorge Ortiga, na abertura da Sessäo Plenária da CEP, há dois dias atrás.
Esta mudez está diagnosticada há muito tempo. O tratamento é que tarda...

Comments:
Bom dia!

Ora, isso acabará por se entendido como a necessidade de insistir em grandes shows mediáticos à la JP II.

E - é evidente - não é só, nem sobretudo, uma questão de "maneira de evangelizar", de "linguagem": em medida essencial, é uma questão de conteúdo.

Será cada vez mais impossível comunicar o núcleo central da mensagem de Jesus se este for acompanhado dos acrescentos humanos de séculos. Mas abandoná-los significa a Igreja-instituição fazer hara-kiri; e as instituições existem, por definição, para estarem instituídas.

Vale,
ZR.
 
Instituidas, sim. Mas estagnadas, não.

Isto faz-me sempre lembrar as belas homilias de muitos padres, cheias de teoria e, até sentimento. Sabem que, depois, à porta da Igreja, as "velhotas" já estão a falar mal umas das outras.

Palavras, leva-as o vento... mas Igreja ainda vive muito delas...
 
Penso que esta falta de voz (mudez), está bem patente e cada vez mais do que diagnosticada, mas o que faltará então para que comece a mudar a maneira de evangelizar? Falta de coragem? Falta de métodos novos? - não me parece

Já não é mau os problemas serem diagnosticados, o que implica que mais tarde ou mais cedo estes serão olhados de frente e analizadas maneiras de os rebater. Esperemos que essa reacção aos problemas não tarde e que não seja tarde de mais.

Enfim, coisas da vida ...
 
E ainda há quem defenda que a Igreja só deve falar em latim.....
 
Olá, Manel, olha, olha, calha mesmo bem mesmo que em despropósito de desgarrada lírica:

"Desconfiai dos silêncios. mais desconfiai mais
das palavras. escutai os poetas: o espectáculo da
esperança tem entrada gratuita."
Nuno Rebocho.

Abraço!

PS: O périplo pascal, foi porreiro?...
 
Zé,
As férias também te fizeram mal... Vens pessimista. Acho que a adaptaçäo näo implica extinçäo...

Pedrocas,
Gosto de te ver por aqui. E que tens tu contra as homilias??? :))

Fernando,
Os diagnósticos, só por si, näo servem para nada. Esperemos que haja mais qualquer coisa...

Bluesmile,
Deve ser uma questäo de coerência... :)

Berith,
Näo percebi a que fixaçäo te referes... Podes explicar?

Vitor,
O périplo foi "ressuscitante"!!
Já sei que passaste a neófito... Bem vindo ao sindicato católico!!!
Tens uma pontaria lírica fenomenal...:)
 
Olá amigos do Adro,
a referência do Presidente da CEP à necessidade de uma Nova Evangelização é uma realidade que todos constatamos, um vazio que muito criticamos e que talvez pouco ou nada colmatamos. Afinal, a Igreja que usa linguagem morta para falar do Deus vivo quem é? Serão os bispos, os padres, os monges… ou seremos todos nós que no Baptismo e na Confirmação assumimos a missão de Evangelizar! Face ao que está mal opto sempre por agir, tanto quanto me é possível, e realizar eu o que falta… a linguagem viva do hoje da salvação! A cada um de nós Deus fala com linguagem de hoje, com palavras actuais que transformam a vida numa aventura inaudita de amor e de fé. Partilhar o segredo de Deus que nos guia é já Evangelizar. Precisamente com esta pretensão criei o blog Levantai-vos! Não tem nada de extraordinário mas para mim é urgente anunciar… a propósito e a despropósito! Obrigado ao Manuel Vieira pela visita! Não conhecia este Adro e estou fascinado… voltarei a aparecer.

Abraço amigo
 
não sei como evangelizar com palavras, soam-me cada vez mais descontextualizadas para quem está completamente fora destas coisas espirituais e fico com a sensação que são uma grande seca para quem ouve e não fazem eco... é frustrante!

optei por evangelizar por gestos, tento, embora também não seja fácil!
 
Caro amigo: perdona mi atrevimiento. Debo decir que las frases no se pueden sacar de contexto. He leído toda la intervención del Señor Obispo y no me parece que diga lo que tú le haces decir.
Este es el párrafo copleto: "A necessidade de gerar cristãos adultos é serviço que requer o recurso ao estilo catecumenal próprio da iniciação cristã. A particular atenção aos não baptizados não permite negligenciar a urgente transmissão da fé aos já baptizados em situação de procura de inserção renovada nas comunidades cristãs.
A maneira de evangelizar terá de mudar. Continuamos a usar a linguagem de séculos e não verificamos que a Igreja começa a “ficar muda” pois está a usar uma “linguagem morta para falar dum Deus Vivo”. Só uma vida evangelizada falará de Deus".
Me parece que quiere decir que la nueva Evangelización precisa de SANTOS. Juan Pablo II habla de nuevos métodos, nuevo ardor, de santidad. Y Benedicto XVI nos dice en Colonia: "Es la muchedumbre de los santos -conocidos o desconocidos- mediante los cuales el Señor nos ha abierto a lo largo de la historia el Evangelio, hojeando sus páginas; y lo está haciendo todavía. En sus vidas se revela la riqueza del Evangelio como en un gran libro ilustrado. Son la estela luminosa que Dios ha dejado en el transcurso de la historia, y sigue dejando aún. Mi venerado predecesor, el Papa Juan Pablo II, que está aquí con nosotros en este momento, beatificó y canonizó a un gran número de personas, tanto de tiempos recientes como lejanos. Con estos ejemplos quiso demostrarnos cómo se consigue ser cristianos; cómo se logra llevar una vida del modo justo, cómo se vive a la manera de Dios. Los beatos y los santos han sido personas que no han buscado obstinadamente su propia felicidad, sino que han querido simplemente entregarse, porque han sido alcanzados por la luz de Cristo".
Son multitud los santos de nuestra época. Si no recuerdo mal están abiertas más de 2000 causas de Canonización de hombres y mujeres que vivieron en el siglo XX.
No creo que la Iglesia esté muda. Habla a través de la elocuencia de "vidas evangelizadas"
Te invito a sumergirte, con calma, en un libro que habla en el lenguaje de hoy: "Lexicón", a cargo del Consejo Pontificio para la Familia". No me parece que la Iglesia esté muda.
Un fortísimo abrazo.
 
Caro Caminante,
No veo como lo que dices puede contrariar lo que he escrito...
Decierto me quieres decir que "santos" son los que muestran con la vida, con las obras (cf. S. Tiago...) el evangelio de Cristo. Por supuesto. Esa es la más eficaz manera de hacer evangelización. Nunca me has oído o leído nada en contrario.
Lo que si digo, es que cuando habla, cuando proclama el mensage de Cristo, la Iglesia lo hace demasiadas veces en un lenguage estraño a los oídos de los hombres actuales; falta sintonia...
Me refiero, por lo tanto, a un aspecto muy concreto de la evangelización. Y nada de lo que has dicho niega esto.
Gracias por la sugeréncia literária.
Abrazo
 
Bem!!!
Diagnostico feito!
Mãos à obra!
Não é de braços cruzados
sentados num canto a lamentarmo-nos que vamos resolver as coisas!!!

É preciso RENASCER!!!
É preciso arregaçar as mangas e trabalhar, trabalhar para a edificação do REINO de DEUS!

Evangelizar!
Há quem diga que estamos num país onde é necessário reevangelizar!
Nem que seja!
O importante é o anúncio da Verdade!

D'abraço
 
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