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quinta-feira, maio 11, 2006

O código da persistência 

Como muito bem escreve Mário Bettencourt Resendes, "A sabedoria milenar do Vaticano deveria ter-se abstido de contribuir para o engrandecimento da conta bancária de Brown. Transformar o livro numa batalha pela Fé e apelar agora ao boicote dos católicos ao filme, como fez o arcebispo Angelo Amato, é dar ao Código uma dignidade que ele não tem e, provavelmente, nunca quis ter".
Há quanto tempo e quantas vezes se andam a dizer estas coisas? Quantos casos semelhantes já houve? Näo é a isto que se chama persistência no erro?

Comments:
Concordo inteiramente contigo, mas deixa lá burro velho não aprende a lição...
 
Em contrapartida a Conferência Episcopal Portuguesa tem estado bem. A publicidade ao filme está nas ruas de Lisboa, mas dentro dos espaços comerciais próprios, em vez de ser feita gratuitamente pelas autoridades religiosas.

A caracterização que o Mário Bettencourt Resendes faz do livro parece-me muito adequada.
 
Enfim...

O Adro anda cada vez mais um espaço de referência. :)
Ainda ontem falava com um amigo sobre isso. :)
 
Não li o livro, mas falaram-me dele e não tenciono lê-lo.

Não tenciono ver o filme - a menos que pessoas de confiança me assegurem que é um muito bom filme, o que é improvável.

Considerar tal série de especulações/patranhas um ataque à Fé e à Igreja é um disparate, uma desproporção e um tiro errado.

Há coisas mais importantes que merecem a atenção dos Senhores Cardeais.

E - já agora - e juntando a minha voz à do abbé Pierre, nada na mensagem de Jesus depende de ele ter ou não amado carnalmente Maria Madalena. E, talvez, se tal tivesse acontecido e de tal houvesse registo, o papel da mulher na Igreja e na sociedade fosse melhor que o que é.

'braços,
ZR.
 
Olá a todos!

Carlos,
Eu sei, mas cansa um bocadinho. Que haja cristäos a manifestar-se, compreendo; ao abrigo da liberdade de expressäo... pois... näo há nada a fazer!
Agora que cardeais, bispos, Conferências Episcopais inteiras, se permitam estes devaneios em tom institucional, já me parece lamentável.

CA,
É verdade. Honra lhe seja feita. Tirando um ou outro deslize, näo tem entrado em grandes campanhas publicitárias gratuitas...

/me,
Obrigado. Acho que estás a ser um bocadinho exagerado... Qualquer dia começo a ficar vaidoso! :)

Zé,
Eu li o livro e conto ver o filme.
O romance näo chega a ser literatura. Mas lê-se com muito agrado na praia, "espojado" debaixo de um chaparro numa tarde de veräo, ou nuns seröes de "arejamento" da cabeça... É só isso: uma novela um bocado espalhafatosa como há milhentas delas.
E o filme será mais uma daquelas "americanadas" que fazem tanto mal como dizer um palavräo: é inútil e deve ser esporádico, mas em certas ocasiöes até sabe bem... :)
 
Tarde demais, Manuel. :P
(estou a brincar)
 
Pois... é sempre a mesma coisa. até parece que alguém, por detrás, paga para se fazer esta publicidade. quanto a mim, que ainda nem vi o "Crime do Padre Amaro" (porque naõ tive tempo ainda, confesso) resta-me esperar. eu li o livro e achei-o com piada. Sm dúvida que a escrita tinha outros propósitos, até porque a condução estava demasiado bem feita... E agora, como vendeu, vai vender tb o filme. E é porque não há mais nada, senão!!! Mas tb, de milhares de pessoas que conheço, sobretudo as das minhas paróquias, ainda dá para concluir que nem o livro nem o filme vão ser lidos ou vistos pela maioria!
 
Oh Manuel eu concordo contigo, bolas nunca nos entendemos. laro que concordo e sinto o mesmo. Um abraço
 
Ainda bem que falarm no Crime do Padre Amaro. É impressionante como em 2002 (salvo o erro) os mexicanos fizeram um filme, banal, baseado na obra de Eça, e lembram-se daquele bispo que se colocou logo contra???
É bom ver que a CEP não fez o mesmo com este filme, agora português, que, se tenta ser baseado na obra inicial, então está a falhar redondamente. O argumentista tentou fazer, isso sim, um filme erótico-pornográfico utilizando um livro muito bom (é a minha opinião). Mas isto do erótico-pornográfico em Portugal, no que ao cinema ~diz respeito é um mal geral... se calhar é que, por isso, a nossa 7.ª arte não passa da "cepa torta"...

Quanto ao Código Da Vinci penso não haver problema de dizer que li tudo o que saiu do Dan Brown até agora. O Código (que é o segundo da série), Anjos e Demónios (o primeiro) e A Conspiração (um out sider da série). O terceiro da série ainda não li mas espero lê-lo em breve (Manel se me quiseres dar um presente...) Fortaleza Digital. Dá para passar o tempo e nada mais. Mas vejam que nada mais que isso. Não traz nada de novo para a teologia, nem traz nada de novo para o mundo da ciência (e parece que os "empiristas" também não gostam muito do homem).

Quanto à importância que os cardeais dão ao homem... ele agradece, pois já não deve precisar de fazer nada o resto da vida, para o sustento... imagino que a conta dele já esteja bem choruda...
 
Carlos,
Pois... foi isso que eu disse. Estamos de acordo, sim senhor! :)

Pedro
Eu também näo vi o "Crime...". Mas ainda hei-de ver! Logo farei as devidas apreciaçöes sobre o que dizes.
Quanto ao presente... vai sonhando! :)
 
Sobre o Código de Da Vinci: Vale a pena ver esta entrevista com Bernard Sesboüé, jesuíta, que escreveu o livro "Da Vinci Code expliqué à ses lecteurs", da editora Seuil.

Podem encontrar aqui: http://regador.blogspot.com/2006/04/sobre-o-cdigo-de-da-vinci.html

Esclarecedora, sem fundamentalismos.
 
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