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segunda-feira, maio 22, 2006

Protesto 

Anda por aí uma discussäo engraçada sobre o protocolo e as cadeiras dos senhores bispos.
Junto a minha voz a todos os que consideram uma afronta que se tirem tais cadeiras. Näo pelos senhores bispos. Esses teräo, espero eu, mais importantes afazeres pastorais do que andar de salamaleque em salamaleque. Quem perde, e isso sim é o que me preocupa, é o nível estético protocolar: uma cadeira D. Maria distintamente isolada no lado direito das mesas dos eventos oficiais, ocupada por alguém com umas coloridas vestes episcopais, dava a qualquer congressozeco ou inauguraçäozita, uma elegância assimétrica que näo se consegue com vulgares jarröes de flores!

Comments:
Eu mato e tu esfolas.:)
Não achas que andamos a preparar o corpo para a fogueira?
 
Concordo com as tuas palavras.
Só para jarrões é que se justifica tal protocolo.
 
Há dez anos, eu, que não sou, de modo nenhum anticlerical nem antireligioso, fiz três propostas na minha Universidade ( Évora ):

1) Que o Arcebispo deixasse de ter lugar destacado nas cerimónias académicas, em particular na abertura solene do ano lectivo, a 1 de Novembro, em que ocupa o tal cadeirão D Maria no palco, e que tomasse lugar com os representantes das diversas confissões religiosas na plateia.

2) Que se organizasse uma sessão comemorativa/expiatória do V contenário da assinatura por D Manuel do decreto de expulsão dos judeus, que teve lugar em Évora em Dezembro de 1496.

3) Que fossem sondadas diversas confissões religiosas, incluindo a Igreja Católica, evidentemente, no sentido de se criar um Departamento de Estudos Religiosos, que assegurasse o grosso de uma licenciatura ( interconfessional ) em Teologia.

As propostas foram rejeitadas com risotas, como se se tratasse de brincadeiras.

Zé Ribeiro.
 
Vamos celebrar uma missa em acção de graças por esta proposta governamental. Agora os bispos já não tem desculpas para não ir à reunião dos padres da vigararia, ou visitar o padre que está no hospital, etc, só porque o sr bispo vai ter que estar junto das "excelentissimas autoridades" em qualquer um desses salamaleques (inaugurações disto e daquilo, etc). Esta é apenas mais uma das conquistas da democracia portuguesa. Separação Igreja Estado, no respeito e na dignidade de ambos. Mais liberdade e independência é bom para ambos.
Quanto à cadeira D. Maria e ao jarrão de flores, do mais fino humor, Manuel! Hehehe!
Abraço
 
Manuel, Manuel. :)
 
Caro Manuel,
Ri-me com vontade :o)
Um abraço

P.S. O Pe. João Paulo Quelhas manda-lhe um abraço.
 
Zé,

Pois eu acho que eram três interessantes propostas.
No que se refre à terceira, muito gostaria eu que a "nossa" universidade de Évora pudesse chegar-se à frente num projecto desse tipo... Infelizmente, parece que, apesar de todas as evidências em contrário, o "religioso" continua a ser tratado como uma questäo sem importância no mundo universitário portugês.
 
está tudo dito...ou não?
 
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