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quinta-feira, junho 01, 2006

Ecumenismo 

Para um cristão que se dê ao trabalho de reflectir sobre as origens da sua fé e a salvação que espera, o ecumenismo afigura-se como um processo natural no caminho colectivo a empreender.
Esta ideia, aparentemente simples e óbvia, não é nem simples nem óbvia. Entre as Igrejas protestantes é um processo antigo, com passos dados, mas muitos problemas por resolver. A Igreja Católica comprometeu-se com o caminho ecuménico e, nas últimas décadas, tem sido elemento constante de reflexão e bons propósitos. No entanto... parece que, por cada passo dado à frente, se recuam uns quantos.
Um amigo meu, de uma Igreja protestante, dizia-me à dias que o ecumenismo, como é vulgarmente entendido, não tem qualquer futuro. Porque, dizia ele, "melhor seria que entendêssemos as diferentes Igrejas como diferentes manifestações do amor de Deus, em vez dessa mania católica de querer juntar os pródigos na casa mãe".
Naturalmente, se se entende que o ecumenismo é tornar os protestantes cada vez mais católicos, não iremos longe.
Não me parece ser essa a ideia. E afastados os fantasmas de ambos os lados, a unidade dos discípulos de Cristo afigura-se-me não apenas desejável, mas obrigatória, se quisermos ser fiéis Àquele que veio "para que todos sejam um".

Comments:
Se o seu ecumenismo é tornar a Igreja católica mais protestante, menos longe iremos. Aliás a tendencia tem sido essa nos ultimos anos....
O camninho é o do respeito pelas manifestações do Espirito Santo. Unidade não significa unicidade. Unidos no essencial, o resto deixemos o Espirito falar.

 
Ecumenismo refere-se exclusivamente ao diálogo entre cristãos, inclui outras religiões abraamicas, todas as religiões?
 
On,

O ecumenismo refere-se às Igrejas cristäs.
Outra coisa é o diálogo inter-religioso, esse sim, incluindo as outras religiöes. Pode ter pontos em comum, mas é um processo necessariamente diferente.
 
E lá voltamos ao mesmo...
Percebendo a ideia do post, mantenho-me do outro lado da barricada: o ecumenismo está a chegar aos seus limites; exigir a sua prosecussão é ignorar os perigos e ameaças que tal processo encerra; entretantao, faríamos melhor em nos irmos preparando para o próximo cisma, já quase inevitável.
Para quem queira aprofundar estas questões, sugiro o ensaio de Alfredo Teixeira: "Não sabemos já donde a luz mana". Mais concretamente, a segunda parte do livro: "Identidades religiosas, ecumenismo e globalização". Esclarecedor.
JS
 
"Um ateu é uma criatura hedionda..."

frase do meu professor de português do 11º ano, a um metro de mim. A sua cara reflectia o panico de um possível encontro com Belzebu, só por ter pronunciado a palavra A. Também me baixou a nota de um teste porque achava que eu não podia compreender o sentido da palavra "vivência". Reconheceu que estava bem empregue, mas era por acaso.

Era um homem culto e interessante. Ninguém é perfeito.

... e dialogo com ateus, não há?
 
JS,

Acho que as tuas discordâncias brotam mais da interpretaçäo que fazes do que digo, do que daquilo que de facto escrevo...:)
Quanto aos "perigos e ameaças", näo vejo que a melhor atitude possa ser fugir deles.
Considero que ainda há muito para fazer no campo ecuménico. Creio haver um ponto de equilíbrio onde podem conviver identidade e comunhäo. E, parece-me, este é um processo de fidelidade ao próprio núcleo da fé cristä.
 
Meus queridos amigos:

Eu aqui sou um outsider ... para todos.

No fundo, creio ser cristão ( não se arrepiem ) - mas decerto não identificado com nenhuma Igreja particular ... e muito curioso sobre todas elas.

As vossas questões e disputas são muito interessantes; e, às vezes, tomo partido nelas.

Mas não consigo perceber-vos. Não consigo atinar com essa necessidade de definir uma crença correcta e essa aspiração a que todos a tenham.

Abençoado o Iluminismo, abençoada a Revolução Francesa, abençoadas as Revoluções Liberais, abençoada a separação Igreja/Estado, abençoado o Estado Laico - que vos impedem de materializar essa aspiração à unidade dos crentes à traulitada. Ámen.

ZR.
 
On,

:)

Claro que há diálogo com ateus! Nesse campo, há um dado acrescido: o ateu, por definiçäo, é o que nega a existência de Deus, a transcendência. O diálogo näo pode, portanto, partir desse patamar comum (existente no diálogo inter-religioso). Neste caso o diálogo terá de centrar-se no nossa própria humanidade. O que näo me parece, de todo, um campo pequeno ou menor, de entendimento.
O diálogo com "hediondos ateus" pode até ter um efeito purificador para a perspectiva crente.
 
Zé,

Esse näo é o meu ecumenismo! :)
Quando falo da necessidade de diálogo ecuménico, refiro-me a um necessário processo de construçäo da comunhäo, na fidelidade às origens da própria fé.

Separámo-nos à traulitada. E isso näo é grande testemunho do Amor de Jesus CRisto em quem dizemos acreditar.

Näo concebo, nem sequer a nível interno (católico), a unidade como uniformidade. Näo é essa, naturalmente a "minha" comunhäo.
Mas aspiro, isso sim, a uma genuína comunhäo na diferença.

Näo me refiro, portanto, a uma necessidade de "definir uma crença correcta". Porque essa está definida no essencial: acreditamos em Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Para entender o que nos separa, temos de voltar ao conceito de "tralha circunstancial" :)
 
Manel

Acredita: quando uma pessoa está perto do abismo, dar alegremente um passo em frente não será a melhor solução... Concordo contigo sobre o ponto de equilíbrio. Mas acho que estamos a chegar àquilo que é possível suportar actualmente.
Uma comparação com a União Europeia. Podemos idealizar um continente com todos os povos unidos, onde se consigam ultrapassar as divisões históricas e étnicas. E podemos dizer que, relativamente ao que temos, há ainda muito para fazer. Lindo. Entretanto, porque se avançou sem levar seriamente em conta aquilo que nos divide, o processo está actualmente bloqueado; e a história da adesão da Turquia promete criar ainda maiores divisões. Estás a ver onde quero chegar?...
JS
 
Eu estou de acordo, claro, Manuel.

Mas, se a traulitada é hoje impossível é porque aquelas coisas muito feias que eu referi se desenvolveram - sem que a tua Igreja para tal tenha contribuído, a não ser puxando para trás. Não por uma espécie de "conversão interior" das igrejas cristãs. Hoje, a sociedade é diferente - e as igrejas são-no por arrastão.

É uma chatice, mas é verdade.

E a necessidade de definir e assegurar uma ortodoxia é quase tão antiga como o cristianismo. Curiosamente, aqui, não se seguiu o paizinho, que o judaismo é muito mais tolerante para a diferença doutrinal. Julgo que o adultério com César, o Constantinismo, é o responsável. Os tiranos gostam de uniformidade nas "suas" Igrejas ( como em tudo ). E vocês nunca mais se viram livres da doença ... Napoleão dizia "Os meus generais e os meus bispos", e tinha razão o maganão; ora ele detestava que os generais destoassem; porque havia de permiti-lo aos bispos?

Observa o âmbito em que a tua Igreja ainda decide por si, sem se preocupar com as leis da sociedade, o âmbito interno: Queres melhor prova que estou certo quanto à exigência de uniformidade? E quanto às sanções que recaem sobre os desafinados?

Abraço,
ZR.
 
JS:

Eu gosto muito dos teus comentários ( é sempre um prazer ver uma cabeça bem feita a pensar ) e aprendo muito com eles ( o do marianismo não me sai da cabeça ).

Mas, para a minha sensibilidade, falta neles ... aquele grão - não , não é um grão, são quintais deles - de loucura que espero encontrar num cristão.

Um abraço muito apertado,
ZR.
 
Zé, o iluminismo surgiu na europa cristã e não na asia ou no mundo islamico.
Não foi uma coincidencia. Há uma profunda ligação entre as ideias do iluminismo e os ideais cristãos. Assim como entre há entre o cristianismo e o marxismo.

Não concordo com a perspectiva do JS. O grande dialogo ecumenico vai ser com os ortodoxos e não com os protestantes. Esse dialogo com os ortodoxos está apenas a começar.

ZR, eu escrevi sobre o latex. Espero resposta.

António Maria
 
ZR,

eu é que sou o outsider!

(e o presidente da junta!:) )
 
Caro ZR

Tens toda a razão sobre a questão da loucura. Como já tinha anteriormente dito, sou um cristão muito estranho, e as minhas palvras não devemser vistas como representativas da minha igreja. Se é que faz sentido, tento encarar a minha religião de uma forma apaixonadamente desapaixonada. O que, se calhar, também é uma forma de loucura... :)
Abraço
JS
 
Caro JS,
apoio seriamente a inclusão numa constituição europeia de uma referência ao cristianismo como um dos pilares da identidade europeia.

Porque é verdade e porque deixava de fora um país que que se acha no direito de iniciar as negociações de adesão sem previamente aceitar a existencia de todos os estados membros da união a que quer aderir.


Mas Cristo é suposto ser um pouco mais tolerante do que César. E a maior parte dos católicos não faz a mais pequena ideia das diferenças doutrinárias entre os diferente credos cristãos...
 
O ecumenismo, é o caminar de parte a parte, é a Igrja católica tornar-se mais Protestante e Ortodoxa e estes tornarem-se mais cristãos, sempre sob a inspiração do Espirito Santo,e sem perder o Norte que é Jesus Cristo....
Tudo o resto são interesses dos Homens e não de Deus.
 
Caro ON

"Cristo é suposto ser um pouco mais tolerante do que César". Certo. Mas é preciso lembrar que as divisões entre igrejas cristãs se devem sobretudo a César...

"A maior parte dos católicos não faz a mais pequena ideia das diferenças doutrinárias entre os diferentes credos cristãos". Certo. Mas é preciso lembrar que a maior parte dos católicos não sabe o que é ser cristão...
JS
 
Caro António Maria

Concordo com a tua ideia de que católicos e ortodoxos têm muito que conversar e que a sua conversa está mais atrasada que a de católicos com protestantes.
Mas hás-de convir que a vontade de conversar nesta altura não é muita. Por uma simples razão: católicos e ortodoxos continuam a lutar pelo controlo de fiéis na Europa de Leste. E, como diz o ditado, "em tempo de guerra não se limpam armas" (ou, neste caso, não se dá à língua). Basta lembrar como João Paulo II desceu ao túmulo a chorar por não lhe terem deixado pôr os pés em Moscovo; e Bento XVI não terá melhor sorte, apesar dos beijinhos de Alexis II...
JS
 
A ligação fundamental entre o iluminismo e os ideais cristãos é a separação entre o sagrado e o profano, entre Cristo e César.
Uma separação que não faz qualquer sentido para um muçulmano ou um judeu.
Quem na pratica não aceita as consequencias desta separação não estará a ser minimamente coerente ao salientar essa ligação.
As forças mais conservadoras da igreja não aceitam essas consequências.
 
A ligação entre o cristianismo e o iluminismo vai muito para além disso.
Li no forum paroquias, www.paroquias.org, um excelente texto de Ratzinger sobre esse tema.

António Maria
 
Caro AM:

Razões pessoais ( de que avisei por e-mail o Manel, pedindo-lhe que te avisasse ) impediram-me a concentração por uns dias. É verdade que já recomecei a comentar - mas sem necessidade de grande concentração. O teu caso é diferente: preciso que a minha cabeça não esteja noutras coisas. Pedi ao Manel, e peço-te agora a ti, até ao fim de semana inclusivé, valeu?

Um abraço e pedido directo de desculpas,

ZR.
 
JS
Sore a questão do "controlo dos fiéis na Europa de Leste" e o facto de, como dizes, João Paulo II ter descido "ao túmulo a chorar por não lhe terem deixado pôr os pés em Moscovo", vem muito a propósito esta noticia do Publico online de hoje:


Religião
Vaticano refere possível encontro entre Bento XVI e Alexandre II
01.06.2006 - 16h33 AFP


O Papa Bento XVI e o patriarca ortodoxo de Moscovo, Alexandre II, poderão encontrar-se “num futuro próximo”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros do Vaticano, Giovanni Lajolo.

O gabinete de imprensa da Santa Sé divulgou hoje o texto de uma entrevista dada por Lajolo ao diário romeno “Ziua”, na qual o prelado se diz “confiante” sobre o futuro das relações entre o Vaticano e o patriarcado ortodoxo russo.

Esse encontro “será um gesto significativo para fazer avançar o longo e difícil caminho do ecumenismo”, considerou Lajolo.

Segundo Lajolo, as relações entre o Vaticano e o patriarcado de Moscovo são dificultadas por “diferentes visões” sobre “os factos doutrinais e históricos” e “malentendidos (...) relacionados com diferenças de sensibilidade e mentalidade”.

“Com alguma boa vontade recíproca, elas não deverão ser assim tão difíceis de ultrapassar”, estimou.

Nunca foi possível um encontro entre João Paulo II e Alexandre II.

Fonte: www.publico.pt
 
Se o ecumenismo implica beijar os pés ao Papa, o culto a Maria ou a aceitação da Salvação pelas obras, claro que para um cristão Bíblico isso está totalmente fora de questão.

Agora se entende que o ecumenismo como diálogo e o respeito inter-confessional, é mais admissível. Penso que podemos e precisamos aprender com todos. Mas pessoalmente não acredito que o ecumenismo seja a resposta à oração de Jesus em João 17, porque só podemos “ser um” com quem já “é um com O Pai". Só pode haver comunhão perfeita entre os que "nasceram de novo", aqueles que têm Jesus no seu coração (vers. 23).
Prostestantes e Católicos têm concepções muito diferentes acerca da conversão, da doutrina e da fé e nisso, penso que não será possível haver convergência. Talvez noutras matérias possamos conversar e agir.

Abraços ecuménicos.
 
Caro P. Pedro Josefo

Agradecido pela chamada de atenção para a notícia. Claro que, na versão do Patriarcado russo, tratar-se-á de mais um passo para a normalização de relações, apenas.
Entretanto, o mesmo Patriarcado festeja a reunificação com a sua comunidade da diáspora (80 anos de cisma) e aponta-a como sinal da unidade a fortalecer no seio da Igreja ortodoxa. Lendo nas entrelinhas...
Certo é que, na teoria, quem mais conta é Bartolomeu I; e este está muito esperançado na visita papal à Turquia. Todavia, nesta altura do campeonato, nem o diabo sabe o que aquilo vai dar. Mas talvez a BetandWin aceite apostas... ;)
JS
 
JOincanto, por partes:

1 - beijar os pés ao papa (não sei se ainda se usa) é ou era um rito externo sem grandereja significado doutrinal.

2 - o culto a Maria e aos santos deriva do amor que todos devemos ter por todos os irmãos em Cristo, por maioria de razão tambem para com aqueles que já estão junto d'Ele.

3 - A Igreja Catolica assinou recentemente com as igrejas luteranas um texto comum sobre a salvação. Por isso com os protestantes luteranos não me parece que a salvação pelas obras ou pela fé está ultrapassada.

António Maria
 
O "ecumenismo", no seu sentido mais puro e Cristão, apenas é possível e viável com os irmãos Ortodoxos.

Todas as "denominações protestantes", embora em graus diferentes, são consideradas, profunda e tragicamente, heréticas, apóstatas e cismáticas, excessivamente fanáticas e obstinadas, cem vezes piores que os Ortodoxos!

Logo, com os "hereges protestantes" da pior espécie - são autênticas seitas pseudo-cristãs, tais como as TJ's e a IURD, que na sua grande maioria "odeiam" os Católicos (sobretudo os Católicos mais fiéis e radicais), ainda que dissimuladamente, e não "apenas" ao Papa, a Maria como Mãe de Deus e Mãe dos Cristãos, e aos Santos legitimamente beatificados e canonizados, para já não falar nos Sacramentos e nos Dogmas Católicos! -, nada há a fazer, excepto rezar muito pela sua conversão radical, e através do bom exemplo puramente Cristão e Católico, tal como fazemos, aliás, com os ateus e pagãos em geral!...

Por isso mesmo, nenhum bom Católico, que se preze, deveria jamais ceder, um milímetro que fosse, em relação a tais "mentalidades protestantes" em geral, sobretudo em pontos divergentes essenciais a nível de Doutrina e Moral do Magistério da Igreja, das Sagradas Escrituras e da Santa Tradição, até porque, quem o fizer advertidamente, está ser cúmplice de tais heresias e apostasias, que bradam aos Céus, e como tal deverá ser classificado e responder perante Deus...

O António Maria tem, pois, toda a razão no que disse, bem haja!
Só que, desgraçadamente, cada vez há menos Cristãos Católicos Fiéis, verdadeiros Discípulos de Cristo, tal como profetizou o Divino Mestre, o Senhor Jesus!...
 
Caro Cristäo Católico Fiel,

O seu discurso parece-me pouco cristäo, pouco católico e pouco fiel ao Jesus Cristo em que diz acreditar.
Respeito o seu direito de pensar como quiser e de exprimir as suas opiniöes. Mas tenho de lhe manifestar o meu desagrado por vir fazer no Adro essa apologia do que eu entendo ser fundamentalismo radical.
Aqui conversa-se, discute-se, debate-se, trocam-se opiniöes. Näo se aceitam nem cultivam discursos insultuosos. Aí termina a minha tolerância.
 
Valha-me Nossa Senhora e os santinhos todos legitimamente canonizados;

mas isto é da água ou quê?

Mas para ser cristão católico fiel é preciso andar a medir a fé e fidelidade dos outros?

Ó cristão fiel católico ou lá como é, estás a esquecer-te de pedir a conversão radical para ti. Achas que não precisas?

Mas que imagem tens tu de Deus?

Sim! Quem é Deus para ti?
Onde é que na praxis de Jesus, vês inspiração para os argumentos que empregas?

Não será melhor leres mais os Evangelhos e menos histórinhas de santos legitimamente canonizados?

Há aí qualquer bloqueio, homem! Se fosse a ti, punha-me a procurá-lo.
 
Valha-me Nossa Senhora e os santinhos todos legitimamente canonizados;

mas isto é da água ou quê?

Mas para ser cristão católico fiel é preciso andar a medir a fé e fidelidade dos outros?

Ó cristão fiel católico ou lá como é, estás a esquecer-te de pedir a conversão radical para ti. Achas que não precisas?

Mas que imagem tens tu de Deus?

Sim! Quem é Deus para ti?
Onde é que na praxis de Jesus, vês inspiração para os argumentos que empregas?

Não será melhor leres mais os Evangelhos e menos histórinhas de santos legitimamente canonizados?

Há aí qualquer bloqueio, homem! Se fosse a ti, punha-me a procurá-lo.
 
Querido cristão fiel católico:

Agradeço a intenção das rezas pela minha conversão - mas, como creio sinceramente que são contraproducentes, pedia-lhe que, no que me toca, se considerasse desobrigado.

Creia, caro cristão fiel católico, na expressão sincera dos meus repeitos.

Zé Ribeiro.
 
Apenas para recomendar o recentemente editado "Pequeno Livro das Ideias Falsas Sobre as Religiões", de Odon Vallet. A merecer muita atenção...
JS
 
Caro cristão católico fiel,
se tiver algum tempo, leia (e medite) esta passagem do Evangelho:

"Disse-Lhe João: 'Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu nome, alguém que não nos segue, e quisemos impedi-lo porque não nos segue'.
Jesus disse-lhes: 'Não o impeçais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu nome e vá logo dizer mal de mim. Quem não é contra nós é por nós. Sim, seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa." (Marcos 9, 38-41).

"Cristão, católico, fiel"... eu não sou capaz de me aplicar todos estes epítetos, na sua plenitude. Vou tentando, vou tentando... mas ainda estou muito longe.
 
"Quem não é contra nós é por nós."

E, quanto aos que são "contra", pense-se que o grande perigo para a Igreja é a indiferença do homem em relação a ela. Se o homem a critica, mesmo se neste ou naquele ponto lhe é hostil, é porque lhe presta atenção e lamenta que ela esteja ( na sua opinião ) errada.

Claro que os "cristãos fiéis católicos" não ajudam nada ... Quando falo com os meus amigos incrédulos ou "oscilantes", tais cristãos crispam-nos. Não é assim que se vai lá ...

Cristão fiel católico: tenta perceber que o homem de hoje não aceitará nada que vá contra a sua razão ou a sua consciência moral - é inútil argumentares com os textos bíblicos, ou a tradição, a autoridade, o magistério, ...; e que o futuro do cristianismo passa obrigatoriamente pela interpelação e contradição pelos não crentes. E não tenhas medo. E tem confiança em Deus e em todos os homens - não só nos que se consideram cristãos. Admite a possibilidade de, por vezes, ser quem está fora da Igreja quem dá mais um passinho à frente - enquanto esta fica na retranca, tão ocupada a administrar o tesouro de "doutrina da Fé" que se distrai e se esquece de coisas mais importantes ...

Um abraço,
ZR.
 
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