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segunda-feira, junho 05, 2006

Espírito 

O Espírito continua a actuar na Igreja. Acredito nisto profundamente. E näo é quando, na Igreja, acontece o que espero e gosto, que mais seguro estou. Acredito, sobretudo, nas muitas ocasiöes em que a estupidez dos homens se evidencia. Só mesmo o Espírito, para persistir num projecto tantas vezes boicotado...

Comments:
Eu também acredito...
 
Caro Pe. Manuel,

Pelos vistos já somos 3 a acreditar :o)

Um abraço
 
A acção do Espírito não se limita à Igreja Católica.

Ele age em todas as Igrejas cristãs, em todas as confissões religiosas, em todos os grupos humanos, na consciência de cada homem.

Não tenham a arrogância de se julgarem o campo privativo, ou mesmo privilegiado, de acção do Espírito Santo.

O "pedir perdão" da Igreja é vão - se não interiorizar esta verdade ( que resulta empiricamente desses mesmos factos de comportamento de que pedis perdão. )

Um abraço,
ZR.
 
Zé,

Esta tua intervençäo foi precipitada e injusta ... :)
Quem é que disse que o Espírito só actua na Igreja?
Mas espero que aceites o princípio de que, näo actuando só na Igreja, actua na Igreja... ou näo?

Abraço
 
Afirmações deste tipo, ditas a propósito de outros temas, correriam o risco de serem consideradas wisheful thinking...

Dois pesos e duas medidas na forma como raciocinamos?
 
Bem, esqueci-me que também existe o Glorioso...
 
Se o foi, peço perdão - mas, às vezes, pelas intervenções de certos católicos, parece que sim.

Claro que também actua na e pela Igreja.

P ex, nos tempos que correm, e quanto ao aborto, actua sobretudo através da Igreja.

Nos secs I/VIII, e quanto à igual dignidade dos homens perante Deus, fossem judeus ou gentios, romanos ou bárbaros, actuou sobretudo através da Igreja.

Mas há tantas, tantas, tantas ocasiões em que se espera que actue através dela - e nada, que até dói.

Um abraço,
Zé Ribeiro.
 
ON,

Desculpa se te induzi em erro... A razäo é para mim o meio corrente e comum para me abeirar da realidade. Mas näo considero que seja suficiente, nem o meio mais apropriado, para algumas questöes... Há campos em que me arrisco a seguir "às cegas", no que se refere ao raciocínio... :)
(E näo é o Glorioso...).
 
... ou não te arriscas a seguir o raciocinio, e Glorificas tal atitude!

É possivel fazer religião sem recorrer a esses tipos de glorificações.

O problema é que ess religião não nos aconchega os lençois. De vez em quando parece que até vives esta religião de que estou a falar...
 
On, On, On...

Näo sejas täo implacável, homem!!!
Tudo o que fazes e dizes na vida é estritamente guiado pelo mais puro raciocínio? Serias a primeira pessoa que conheço.
Näo se trata de glorificar o "näo atrevimento ao raciocínio"; trata-se, simplesmente, de considerar que o raciocínio näo é tudo.
E viver bem com isso...

Quanto à religiäo e aos lençóis: acho que a fé aconchega, de facto os lençóis. Mas se se resume a isso é uma falsificaçäo e uma inutilidade.
 
On:

Desculpa lá, mas vou dar-te um sinal da existência de Deus.

Para mim, conta mais que todos os "argumentos" clássicos da Summa Theologica, que me parecem uma grande pepineira.

Eu conheço montes de ateus ideológicos-sistemáticos-metodológicos ( como tu ) que, no momento de se virem, gritam: "Ai, meu Deus, que eu venho-me!".

Agora pensa: Há algum momento, na vida de um homem, em que as vendas com que nos escondemos caiam tão completamente? Em que sejamos tão soltamente nós próprios?

Se nesse momento informamos Deus, não é porque achamos que Ele nos ouve?

Eu não estou a brincar, On, mas as pessoas, em geral, não estão preparadas para ouvirem este "argumento" e pensarem nele. Julgarão logo que estou no gozo, que há falta de respeito, talvez blasfémia, ... Julgo que não é teu caso. Pensa nele.

ZR.
 
:)
um sorriso (mesmo bem disposto), com um abraço, ZR
 
ZR,
se queres apresentar esse argumento contra mim, primeiro tens de arranjar uma testemunha:))

Manuel,
em
"Há campos em que me arrisco a seguir "às cegas", no que se refere ao raciocínio... :)"

estás a considerar que esquecer a racionalidade é um acto de coragem.
Não é.
Outro dia falavas do eventual efeito purificador da discussão com os ateus.
Acho que esse efeito purificador passa por evitar essas concessões faceis.
Pasa por escolher o caminho de uma fé mais sólida, embora menos aconchegante.
 
On,

Näo se trata de interpretar como "coragem".., Isso foste tu que escreveste... :)
Trata-se de, só e apenas, nos limites da racionalidade, näo dar por findas as possibilidades de conhecimento.
 
O Espirito Santo, quanto menos pensamos, por vezes, ele actua na altura certa. Por aqui, Açores, o culto do Espirito Santo vive-se com fervor.
 
Manuel,
Quando tiveres tempo, explica-me então que entendes por "conhecimento".
 
Concordo que se podem e devem usar outros instrumentos, para além da razão, na busca do conhecimento. Neste caso, qual é o instrumento que estás a utilizar?
 
Pedir definições é quase um truque baixo. Para já, ficas dispensado de responder a essa parte:)
 
On,

Quanta generosidade... :)
Eu sei que tu estás a implicar quase só por desporto... Porque sabes as respostas täo bem ou melhor do que eu.
Digo apenas que, para além da racionalidade, entendo ser possível aceder a conhecimento por meios como a intuiçäo, a emoçäo, a oraçäo ou a contemplaçäo. Claro que sei que tu já estarás a rir-te por incluir aqui a oraçäo, por exemplo. Mas essa é uma das diferenças insanáveis entre nós... :)
 
NESTE caso, QUAL desses instrumentos achas que usaste?

Não me rio de incluires a oração.

Eu estou a discutir a sério.
Tu não estás?
 
A minha conviçäo sobre a acçäo do Espírito na Igreja, expressa nestas duas ou três linhas, tem um duplo fundamento: num olhar racional (muito incompleto, naturalmente) sobre a história da Igreja e, partindo daí, numa intuiçäo alimentada pela fé.
 
Este anónimo sou eu, traído pelos insondáveis desígnios bloggerianos
 
A Fé é um instrumento de conhecimento discutivel. A intuiçãosó por si, não vai muito longe. Demolir esses argumentos precisa de mais espaço.
Talvez um dia deste eu escreva qualquer coisa no meu blog sobre o assunto:)
 
"A Fé é um instrumento de conhecimento discutível. A intuição por si, não vai muito longe."

Pois não, ON. Vais à Bíblia abres logo no primeiro livro - Génesis, capítulo 12. Começa aí a história de Abraão.
Ainda não descobri melhor caminho de fé, do que o encetado por Abraão. Que será uma personagem metafórica, mas isso não interessa nada. Sem nos pormos a caminho, sem redes, nem seguranças, nem tanta tralha que carregamos na nossa vida, não "descobrimos" Deus. Não há dois caminhos iguais na fé, mas sem partir, de certeza que não há nenhum. E partir para o desconhecido, para o que não se vê, e a maior parte das vezes não se intui, nem coisa nenhuma. Ter fé é arriscar viver no "vazio" a maior parte das vezes. E depois? Não é de novidade a nossa vida, todos os dias. Que seguranças é que nos fazem felizes?

Mas faz lá o post que eu quero ver. :)
 
On, ainda voltei cá, para acabar o recado :)

O "partir", pode ser - É DE CERTEZA!!! - não fazeres as coisas à tua maneira. Usares os instrumentos a que estás habituado e deixares-te surpreender, por caminhos que nem sequer sonhaste.
Para começar vai lá ler a vocação de Abraão. Desinstála-te!!!!

(dizer isto a um homem, é atirar àgua para o mar, mas não custa tentar...)
 
Maria da Luz,
não estou a dizer que a fé não sirva para nada. Até já escrevi uns posts a defender a importância da fé.
A fé serve para agir.
Não me parece que seja um instrumento para obter o conhecimento.

... e estamos à espera da continuação do blog!

Ou de um novo...

Maria da FÉ?:))
 
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