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domingo, outubro 15, 2006

Digam lá... 

"...para quantos é que Deus ainda conta realmente nas suas decisões vitais, tanto no domínio pessoal como colectivo?",

Comments:
Eu tento. Não sei se consigo...

Beijos peregrinos
 
Poucos, parece.
As riquezas do mundo impedem-nos de dar uma resposta positiva ao "Vem e segue-me".
 
Não creio que o que vou dizer esteja relacionado directamente, mas é um desabafo ...

Hoje, de manhã, estava em Lisboa e, como o Carlos dormia, fui à missa das 0900, em S Domingos de Benfica. Igreja - que não é grande - a uma quinta parte. Tenho 55 anos - era, de longe, o mais novo.

Na véspera tinha falado com o Carlos ( antigo seminarista ) sobre a Igreja ( romana ). Ele pensa assim: que se vão, com as suas certezas absolutas, a sua moral tacanha, o seu autoritarismo, os seus problemas delirantes que não nos interessam - passamos bem sem eles.

O Carlos é cristão.

É provável que o Carlos tenha razão; que passemos melhor sem do que com com. As Igrejas são tão ... "esquizofrénicas", tão alheias aos homens reais que eu conheço ... Preocupadas com regras ... a que ninguém liga. Talvez não seja negativo; antes uma libertação.
 
Zé,

Pois. É fácil perceber essa posiçäo. Embora aí se misturem as ideias de "Deus" e de "Igrejas", o que é naturalmente distnto.
O afastamento das"Igrejas", seja a romana ou outra, é fácil de perceber:a discordância em relaçäo "às suas certezas absolutas, a sua moral tacanha, o seu autoritarismo, os seus problemas delirantes", etc, etc, etc...
Esse tema daria para muita conversa, mas nem é bem a isso que me quero referir.
O ponto que me iteressa é o outro e tu, que estás meio dentro (porque pensas no assunto) e meio fora (porque, pensando, te colocas a uma distância crítica), talvez possas ajudar.
A questäo é velha, mas sempre interessante: até que ponto quem se afasta das "Igrejas" se afasta de "Deus"? Falo mesmo dos que rejeitam a fé, conscientemente. Até que ponto as suas convicçöes éticas,os seus princípios e valores, acabam por ser, ou näo, uma síntese pessoal que, embora rejeitando-o conscientemente, se firmam num referente transcendente, a que näo chamam Deus, mas que está lá?
Näo sei se percebes o que quero dizer...
 
E näo me refiro, apenas, aos moldes culturais que nos condicionam. Falo das suspeitas que nos assaltam quando pomos a cabeça na almofada e nos vemos sozinhos diante da vida. Onde vamos buscar o sentido?
 
Procurarei escrever amanhã. Agora, não posso, que tenho que levantar-me às 4.

'braços,
ZR.
 
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