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sexta-feira, outubro 27, 2006

Eu, mais eu e às vezes Deus 

Já me zanguei com Deus muitas vezes. Viro-lhe as costas e parto, rezingão, fingindo ter muito que fazer. Ocupo-me, entretenho-me, perco-me em dias sem substância porque feitos só de mim. E chego a convencer-me que a espuma dos dias é projecto que chegue. Se me esforço, consigo até, com persistente criatividade, descobrir mil razões que justificam a vacuidade. Oh! Tantas ilusões, projectos, ambições... tanto caminho e tantas metas à minha espera...
Às vezes, é no meio da vertigem das horas vividas assim, em remoinho à volta do meu umbigo, que O pressinto, sereno e quieto, como quem espera que a birra passe à criança rebelde. Nada me diz, nem a nada me obriga. Mas sei que está ali, pacientemente, à espera. E basta isso para que todo o vértigo espumoso caia por si, vazio de sentido.

Comments:
Sim, tens razão em muito daquilo que dizes. Revejo-me em algumas dessas situações. Mas Deus tem um paciência impressionante, não é? Por isso Lhe chamamos PAI!
 
Também eu por vezes, faço o mesmo, infelizmente. Mas como pai que sou, compreendo-O como Pai que ele é. Espera pacientemente por nós, para que nós o encontremos em cada raio de luz ou gota de água.
 
E se Deus tem paciência!

Às vezes leva anos. Para O (re)encontrar levei 15 anos. 15 anos para lhe voltar a dizer com plena consciência "Estou aqui! Perdoa-me. Ensina-me o Teu Caminho".

Por isso é que eu costumo dizer: nunca devemos desistir. Lancemos sementes! Quantas mais lançarmos, mais hipóteses há de darem fruto.
 
E ligeiramente, ligeiramente, quase como quem não quer a coisa... se toca o âmago e o fundo (ou se é tocado por ele). Bom dia!
 
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