<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Somos pouca coisa... 

Ando a ler, por dever de ofício e com gosto, um livro chamado "A evolução do desejo", de David M. Buss. Basicamente, é o resultado de um estudo, realizado no quadro da psicologia evolucionista, sobre o acasalamento na nossa espécie. O que está por trás das nossas relações, por que e com quem nos casamos, o papel do amor, as razões das separações, as técnicas de sedução e engano...
É uma especie de documentário da National Geographic sobre o acasalamento dos pinguins, mas sobre nós. E o que incomoda, só um bocadinho, é confirmar que pouco mais somos que qualquer animal, programados para dar resposta a quatro necessidades comuns: comer, beber, reproduzir-se e sentir-se seguro.
O resto... bem, o resto vem depois. Mas não muda, nem anula, o que já cá está.

Comments:
Efectivamente apenas 2 necessidades (alimento e reprodução) e que são, no fundo, uma e uma só: a perpetuação da espécie. A primeira leva-nos do crescimento celular até à maturação sexual e a segunda leva-nos dos gâmetas até à fecundação a partir da qual se gera um novo organismo que continuará o ciclo por forma a garantir a continuidade funcional dos genes - egoístas, lá dizia o Dawkins. O resto é cultura, ou por outra, a nossa muito humana especialização que consistiu, afinal e apenas com o resultado que conhecemos quando, por exº, usamos o computador, em termos sido capazes de não nos especializarmos. Bom, mas quem isto escreve sabe infinitamente mais de biologia do que de teologia :)
 
Obrigado, anónimo.

É verdade: se hoje estamos os dois aqui, é porque somos o corolário do êxito reprodutivo e do egoísmo dos genes dos nossos antepassados...:)
 
Sim, somos barro (segundo capítulo do Génesis), somos feitos de material comum a toda a Criação. A diferença, o resto que vem depois, como dizes, é a especificidade com que fomos criados (primeiro e segundo capítulos de Génesis). Ou seja, "irmãos" de plantas e animais temos a possibilidade, e a responsabilidade, de dominar sobre eles e o privilégio de nos relacionarmos com o Criador. Uma tensão nada fácil de gerir...
 
É certo que somos isso, mas não esqueçamos o resto, o que vem depois...
Se vivemos só para responder a essas necessidades como se justifica o facto de não nos bastar isso?!
Como diz o David, vivemos em constante tensão...
 
Manuel!
Costumo dizer... - Eu sou NADA!

:)))
 
animal - homem - deus .. essas relações dominaram a minha reflexão durante a semana de silêncio em taizé.

..mais do q "revelação divina" .. deu espaço à descoberta de uma nova forma pessoal de sentir a harmonia entre essas experiências (:

silvino
 
E lês isso em castelhano? :)
 
/me,

Já experimentei em holandês, mas não resultou... :)
 
Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?