terça-feira, outubro 31, 2006
Para o feriado...
Acrescentei ali em baixo, ao vosso lado esquerdo, uma pequena lista de blogues da teosfera espanhola, agrupados na categoria Hermanos. Recomenda-se uma visita...
Os santos e as abóboras
"O nome Halloween é a deformação americana do termo, no inglês da Irlanda, «All Howllows’ Eve»: Vigília de Todos os Santos. Esta antiquíssima festa chegou aos Estados Unidos com os imigrantes irlandeses e lá se enraizou, para sofrer recentemente uma radical transformação. Das telas de Hollywood, a moda de Halloween chegou assim desde há alguns anos à velha Europa e a outras partes do mundo. Detrás de Halloween está uma das mais antigas festas sagradas do Ocidente: uma festa que atravessou os séculos, com usos e costumes que se foram redefinindo no tempo, mas que conservaram o mesmo significado. Suas origens, o significado dos símbolos, são, contudo, desconhecidos para a maioria".
Para quem, como eu, olha com perplexidade e estranheza para a invasäo das abóboras, vale a pena ler a entrevista integral de Paolo Gulisano, na Agência Zenit
Blogues a prémio
O dia a dia de um quiosque e alguns segredos de culinária säo o conteúdo dos dois blogues portugueses nomeados para os prémios The Best of The Blogs Awards.
Um toque rosa
O lado "caras" da Agência Ecclesia...
Bom dia
Estamos aqui.
Interrogamos símbolos persistentes.
É a hora do infinito desacerto-acerto.
O vulto da nossa singularidade viaja por palavras
matéria insensível de um poder esquivo.
Confissões discordantes pavimentam a nossa hesitação.
Há uma embriaguês de luto em nossos actos-chaves.
Aspiramos à alta liberdade
um bem sempre suspenso que nos crucifica.
Cheios de ávidas esperanças sobrevoamos
e depois mergulhamos nessa outra esfera imaginária.
Com arriscada atenção aspiramos à ditosa notícia
de uma perfeição especialista em fracassos.
Estrangeiros sempre
agudamente colhemos os frutos discordantes.
Texto: Ana Hatherly
Foto: Nick Chaldakov
sexta-feira, outubro 27, 2006
Eu, mais eu e às vezes Deus
Já me zanguei com Deus muitas vezes. Viro-lhe as costas e parto, rezingão, fingindo ter muito que fazer. Ocupo-me, entretenho-me, perco-me em dias sem substância porque feitos só de mim. E chego a convencer-me que a espuma dos dias é projecto que chegue. Se me esforço, consigo até, com persistente criatividade, descobrir mil razões que justificam a vacuidade. Oh! Tantas ilusões, projectos, ambições... tanto caminho e tantas metas à minha espera...
Às vezes, é no meio da vertigem das horas vividas assim, em remoinho à volta do meu umbigo, que O pressinto, sereno e quieto, como quem espera que a birra passe à criança rebelde. Nada me diz, nem a nada me obriga. Mas sei que está ali, pacientemente, à espera. E basta isso para que todo o vértigo espumoso caia por si, vazio de sentido.
Às vezes, é no meio da vertigem das horas vividas assim, em remoinho à volta do meu umbigo, que O pressinto, sereno e quieto, como quem espera que a birra passe à criança rebelde. Nada me diz, nem a nada me obriga. Mas sei que está ali, pacientemente, à espera. E basta isso para que todo o vértigo espumoso caia por si, vazio de sentido.
quinta-feira, outubro 26, 2006
A vossa atençäo, por favor!
quarta-feira, outubro 25, 2006
A guerra e näo só...
"A guerra. Que longe estava dos ensinamentos da escola militar, dos manuais de manobra, dos desfiles perante uma multidão ofuscada pelo brilho dos uniformes!... Deus, se é que havia um Deus para além daquela abóboda sinistra e negra que destilava humidade e morte, concedia aos homens um pequeno pedaço de terra para que eles, à sua vontade, criassem aí o inferno".
Arturo Pérez-Reverte, in O Hussardo
Um livrito magrinho, quase subnutrido, que se lê num par de horas. O enredo resume-se a pouco: uma batalha. O soldado com sonhos de glória descobre a crueza nada romântica de um campo de lama e sangue e morte. Uma metáfora cruel sobre as ilusões e o caminho curto e bruto entre o idealismo e o realismo.
Confissöes rasteiras
Esta manhã, ao fazer a barba, desferi um sangrento golpe na ponta da narina direita... confesso que blasfemei!
terça-feira, outubro 24, 2006
Bom dia!
É como se tivesses mãos ou garras
milhões de dedos braços infinitos
É como se tivesses também asas
libertas do minério dos sentidos
É como se nos píncaros pairasses
quando nas nossas veias é que vives
É como se te abrisses - ó terraço
rodeado de abutres e raízes
-sobre o perene pânico dos astros
sobre a constante insónia dos abismos
E é como se te abrisses e fechasses
sobre a antepalavra do Espírito
É como se morresses quando nasces
É como se nascesses quando expiras
milhões de dedos braços infinitos
É como se tivesses também asas
libertas do minério dos sentidos
É como se nos píncaros pairasses
quando nas nossas veias é que vives
É como se te abrisses - ó terraço
rodeado de abutres e raízes
-sobre o perene pânico dos astros
sobre a constante insónia dos abismos
E é como se te abrisses e fechasses
sobre a antepalavra do Espírito
É como se morresses quando nasces
É como se nascesses quando expiras
Texto: David Mouräo Ferreira
Imagem: Tatiana Palnitska
domingo, outubro 22, 2006
Blogue do Näo
Devido à proposta de referendo, o aborto vai ser tema de debate nos próximos tempos.
Associo-me a esse debate com a criaçäo de um novo blogue monotemático, orientado para a intençäo de voto que julgo acertada: o Näo.
Sem mais pretensöes que a de participar e contribuír para a reflexäo, ali se publicaräo textos meus, artigos de jornais e revistas, opiniöes de outras pessoas e postas que "roubarei descaradamente" de outros blogues.
sábado, outubro 21, 2006
Sobre patetices que se dizem
A natureza näo entende de moral; só percebe de adaptaçäo e sobrevivência.
sexta-feira, outubro 20, 2006
Olha esta!!!
Esta senhora tem um desplante difícil de superar.
Prevendo a possibilidade de que o referendo näo seja vinculativo, por maioria de abstençäo, ataca a sensata posiçäo, já expressa pelos socialistas, de respeitar os resultados, sejam eles quais forem. Como isto significa que, se ganhar o näo como em 98, mesmo que só votem cinco pessoas, näo haverá despenalizaçäo, considera esta senhora que, nessa altura, os senhores deputados deviam tomar as rédeas do assunto e legislar pela despenalizaçäo, porque diz ela, isso significa "que o povo maioritário não quer decidir sobre isto e agradece a quem o fizer por si". Claro que näo lhe ocorre que também pode ser o contrário: o povo maioritário pode querer as coisas como estäo...
Isto costumava chamar-se desonestidade intelectual.
Assim como nos filmes...
O senhor Bush assinou esta semana uma lei que legaliza os "interrogatórios agressivos" aos suspeitos de terrorismo. God save América...
Os Bispos portugueses...
...publicaram ontem uma nota pastoral, apontando cinco razöes para escolher a vida.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Será ou näo será?
"A Igreja será presença e não poder, ou não será; será testemunho e não controlo, ou não será; será serviço e não estatuto, ou não será.
Não é no passado que a Igreja encontra a sua força, é na sua origem. Não é no seu poder que a Igreja encontra a sua justificação, é na sua missão. Não é na dependência do Estado que a Igreja encontra a sua viabilidade, é na liberdade única da sua fé."
António Pinto Leite, citado por Sinfonia Opus Zero
Bom dia
"Há nos silvos que as manhãs me trazem
chaminés que se desmoronam:
são a infância e a praia os sonhos de partida".
Texto: Ruy Belo
Foto: Doug Burgess
quarta-feira, outubro 18, 2006
A César...
Parece-me que este é um daqueles casos que, encarados de boa fé, näo escandalizam ninguém. Mas, de facto, é passível de ser criticado. É verdade que muitas das críticas feitas à Igreja, nesta e noutras situaçöes, säo mais fruto de preconceitos de sinal contrário do que de uma análise razoável. Exemplo disso é a obsessäo desta Associaçäo contra tudo o que cheire a Igreja Católica. Apesar de terem alguma razäo, num ou noutro caso, näo pode deixar de se notar uma certa "baba biliar" nas suas invectivas, o que acaba por acarretar algum descrédito.
Mas convenhamos que, no tema em apreço, e como diz um amigo meu, a Igreja também "se pöe a jeito"... e depois admira-se!
Quem quiser conhecer o Instituto, pode aceder à sua página... em italiano.
terça-feira, outubro 17, 2006
Compaixäo
No livro de Truman Capote, "A sangue frio", de volta aos escaparates devido ao filme oscarizado, há dois homens que matam, com a crueldade que o título indicia, os quatro membros de uma estimável família.
Perry Smith, que disparou a carabina as quatro vezes, encontra-se já preso, à espera de julgamento, cuja sentença segura será a morte por enforcamento. Sozinho, desprezado e odiado por todos. É nessa situação que recebe uma carta de Don Sullivan, antigo colega da tropa, de quem já nem se lembrava.
É a única pessoa que decide olhar o assassino pelo outro lado. Porquê? Ele explica: "E é por isso que aqui me tens a escrever-te: porque foste feito por Deus, tal como eu, e, segundo o pouco que sabemos dos desígnios de Deus, o que te sucedeu a ti podia ter sucedido a mim".
Perry Smith, que disparou a carabina as quatro vezes, encontra-se já preso, à espera de julgamento, cuja sentença segura será a morte por enforcamento. Sozinho, desprezado e odiado por todos. É nessa situação que recebe uma carta de Don Sullivan, antigo colega da tropa, de quem já nem se lembrava.
É a única pessoa que decide olhar o assassino pelo outro lado. Porquê? Ele explica: "E é por isso que aqui me tens a escrever-te: porque foste feito por Deus, tal como eu, e, segundo o pouco que sabemos dos desígnios de Deus, o que te sucedeu a ti podia ter sucedido a mim".
segunda-feira, outubro 16, 2006
Ordem na sala!
"...não se pode pedir aos que dizem não ao aborto uma linguagem doce e dúbia para não ferir a opinião dos que vigorosamente o defendem até ao absurdo".
Com coisas sérias näo se brinca. Mas também é escusado gritar...
Com coisas sérias näo se brinca. Mas também é escusado gritar...
domingo, outubro 15, 2006
Digam lá...
sábado, outubro 14, 2006
Quem pode então salvar-se?
«Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?» (Mc 10, 18)
Uma pergunta honesta, de um homem honesto. Mas equivocada, porque baseada na suposiçäo de que a vida eterna se conquista por mérito próprio, por cumprimento de um plano de acçäo.
Assim se compreendem as palavras de Jesus: "Aos homens é impossível, mas näo a Deus...".
Isto dispensa a acçäo humana? Pode dispensar... mas nessa altura é o homem que está a desperdiçar a sua vida, em vez de se empenhar em viver, desde já, uma vida plena que lhe é oferecida, gratuitamente.
quinta-feira, outubro 12, 2006
Deus e o mercado
"Hay una diferencia fundamental, que es una oposición fundamental, entre la ética de lo que Cobb llama «economicismo» (o fundamentalismo de mercado) y la ética de las religiones tradicionales. En formas asombrosamente diferentes, que sin embargo son también complementarias, las tradiciones abrahámicas (judaísmo, cristianismo, islam), las tradiciones asiáticas (hinduismo, budismo, confucionismo, taoísmo) y las religiones indígenas tienen un acuerdo básico de que cualquiera que sea el grado de unidad globalizada que pueda alcanzar la raza humana, esta unidad tiene que basarse en un equilibrio entre el interés por uno mismo y el interés por el otro.
(...)
Por tanto, ésta es la cuestión o el desafío que las religiones han de plantear a los promotores del libremercado. La comunidad religiosa debe preguntar a los economistas, a los políticos y a los presidentes corporativos: El interés por uno mismo que ustedes ensalzan ¿está equilibrado por el interés por el otro, está enraizado en él, es él quien lo guía? Ciertamente, no parece ser así. El principio conductor del sistema capitalista mundial, gobernado por el fundamentalismo de mercado, parece ser: «Si buscamos el interés por nosotros mismos también promoveremos el de otros». Eso, según las religiones, debe estar equilibrado por: «Si buscamos el interés de otros, también promoveremos el nuestro propio». Las religiones advierten: si no tenemos este equilibrio, si casamos el interés por nosotros mismos con el interés por el bienestar de otros, nos veremos en problemas. De hecho, ésa es la razón por la que el llamado libremercado globalizado no está respondiendo a la gran disparidad de la riqueza en nuestro mundo globalizado, o en realidad está siendo su causa".
Sem saír do tema, vale a pena ler também este texto de Mgr Miguel Esteban Hesayne, intitulado On ne peut être chrétien et néo-libéral…
Momento de oraçäo
"Existo numa teia de relações - com a natureza, com os outros, com Deus. Identifico os laços que me unem às coisas, aos outros e a Deus e agradeço a vida que através deles continua e se renova. Algumas destas relações estão distorcidas ou foram cortadas: posso sentir arrependimento, fúria ou desilusão. Peço o dom da aceitação e do perdão".
Fonte: Lugar Sagrado
O coraçäo tem três portas
Durante uma hora e meia o tempo parou e a voz hipnótica de Dulce Pontes provocou arrepios às centenas de salmantinos que enchiam por completo o grande auditório do Centro de Artes Escénicas y de la Musica.
Eu estava lá. E nem imaginam o bem que me soube aquela soberba amostra de língua portuguesa...
terça-feira, outubro 10, 2006
Preciso de terapia...
A professora de Personalidade considera fundamental esta área do conhecimento, estruturante para qualquer abordagem psicológica. Já a professora de Avaliaçäo Psicológica, entende que a Personalidade é um conceito vago e que, se calhar, näo existe.
A Psicologia é uma espécie de Teologia sem Deus: a ciência ainda se cala diante do mistério.
Só já falta o Purgatório
Bom dia!
Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.
Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."
E no meu sonho eu respondo-lhes:
"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."
Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"
Texto: Kahlil Gibran; Foto: Michael Harris
sexta-feira, outubro 06, 2006
Pecado e sofrimento
Centrar a atençäo no pecado, às vezes de forma quase obsessiva, faz esquecer o subjacente e fundamental problema do sofrimento humano.
Este tem sido, em meu entender, um grave erro da Igreja, mesmo se, admitamos, o faz enquadrado num discurso sobre a misericórdia e o perdäo de Deus.
Nesta questäo interessa, como em todas, aliás, voltar os olhos para Jesus e para as suas prioridades na relaçäo com aqueles que dele se aproximavam. A sua atençäo centrou-se sempre no sofrimento humano, encarada com uma atitude de compaixäo redentora.
A dificuldade näo está em saber se o pecado existe ou näo, mas na sua interpretaçäo. Começando por ser "o mal que o homem faz", só começa a ser "pecado" quando interpretado no quadro religioso e, portanto, de relaçäo com a trancendência. Isto implica que a interpretaçäo pode ser errónea, por mil razöes. Daqui deriva a fácil queda no moralismo e outros tiques crónicos de quem muito interpreta e pouco ama.
Parece-me urgente, por uma questäo de fidelidade ao evangelho e até de estratégia pastoral, recentrar o problema do "mal" na vida humana, olhando-o, em primeiro lugar, como fonte de sofrimento humano a carecer de redençäo. Näo significa tal recentramento, como é óbvio, perder o sentido do pecado; significa apenas pô-lo no seu devido lugar.
Bom dia!
Um mundo
É um sonho ou talvez só uma pausa
na penumbra. Esta massa obscura
que ela revolve nas águas são estrelas.
Entre aromas e cores, um barco de calcário
prossegue uma viagem imóvel num jardim.
Vejo a brancura entre os astros e os ramos.
Dir-se-ia que o ser respira e se deslumbra
e que tudo ascende sob um sopro silencioso.
Nenhum sentido mas os signos amam-se
e o brilho e o rumor formam um mundo.
É um sonho ou talvez só uma pausa
na penumbra. Esta massa obscura
que ela revolve nas águas são estrelas.
Entre aromas e cores, um barco de calcário
prossegue uma viagem imóvel num jardim.
Vejo a brancura entre os astros e os ramos.
Dir-se-ia que o ser respira e se deslumbra
e que tudo ascende sob um sopro silencioso.
Nenhum sentido mas os signos amam-se
e o brilho e o rumor formam um mundo.
Texto: António Ramos Rosa
Foto: Robert Packwood
quinta-feira, outubro 05, 2006
Pois foi!
"Jesús fue laico. Tan laico como desacreditado, perseguido y asesinado por los que detentaban el poder religioso-civil de su tiempo. Es necesario traer a luz esta memoria, en un momento en que se manosea tan grotescamente lo laico y la laicidad.
(...)
Laicidad no es laicismo. Lo laico no es agresividad contra los valores más profundos que defienden la vida, entre ellos, los valores religiosos. Todo lo contrario. Como muchos documentos del Concilio Vaticano II y otros documentos más recalcitrantemente "oficiales" de nuestra Iglesia lo afirman (4), laicidad significa un orden social, cultural y político que permite la convivencia tolerante y fraterna entre las infinitamente variadas y diferentes formas de sentir y vivir el misterio de Dios en la historia. ¿Por qué nuestros pastores no se pronuncian para aclarar estas aberrantes y groseras formas de tratar lo laico en este bochornosa campaña mediática de los sectores conservadores?"
Observaçäo
Curioso... E eu que pensava que estava ao serviço da Igreja! Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita...
Bom dia!
Octobre
Les feuilles des bois sont rouges et jaunes ;
La forêt commence à se dégarnir ;
L'on se dit déjà : l'hiver va venir,
Le morose hiver de nos froides zones.
Sous le vent du nord tout va se ternir...
Il ne reste plus de vert que les aulnes,
Et que les sapins dont les sombres cônes
Sous les blancs frimas semblent rajeunir.
Plus de chants joyeux ! plus de fleurs nouvelles !
Aux champs moissonnés les lourdes javelles
Font sous leur fardeau crier les essieux.
Un brouillard dormant couvre les savanes ;
Les oiseaux s'en vont, et leurs caravanes
Avec des cris sourds passent dans les cieux !
Les feuilles des bois sont rouges et jaunes ;
La forêt commence à se dégarnir ;
L'on se dit déjà : l'hiver va venir,
Le morose hiver de nos froides zones.
Sous le vent du nord tout va se ternir...
Il ne reste plus de vert que les aulnes,
Et que les sapins dont les sombres cônes
Sous les blancs frimas semblent rajeunir.
Plus de chants joyeux ! plus de fleurs nouvelles !
Aux champs moissonnés les lourdes javelles
Font sous leur fardeau crier les essieux.
Un brouillard dormant couvre les savanes ;
Les oiseaux s'en vont, et leurs caravanes
Avec des cris sourds passent dans les cieux !
Texto: Louis-Honoré Fréchette
Foto: Peter Haigh
terça-feira, outubro 03, 2006
O medo
Através do CA, fui ler o último artigo de Anselmo Borges, no DN, em que se faz eco do XXVI Congresso da Associação de Teólogos e Teólogas João XXIII.
Lá aparecem coisas como estas: "...a teologia tem sido frequentemente "um pensamento cativo". Apesar das suas pretensões de cientificidade, tem-se visto dirigida e submetida por uma instância autoritária que, por mais justificada que seja a partir de uma determinada crença religiosa, é "uma instância extracientífica".
É neste contexto que se inserem as referências ao medo que existe na Igreja. Citando José Maria Castillo, o articulista afirma: "Há hoje muito medo na Igreja. Medo de pensar, de falar, de escrever", um medo tanto mais forte quanto menos consciência se tem dele. A consequência é uma teologia bloqueada, que passou a ser "um pensamento marginal", de tal modo que o que dizem os padres, os bispos, os teólogos "interessa cada vez menos e a menos pessoas".
É verdade que existe medo. Porque quem ousa pensar de forma diferente, mesmo em temas secundários, vê-se imediatamente confrontado com um muro de intransigência, às vezes disfarçada de displicência. Mas além do medo há a exaustäo e a consequente resignaçäo. "Näo vale a pena...", já ouvi eu dizer a muito boa gente. Num tempo em que tudo se acelerou, mudando as nossas necessidades e os nossos ritmos, já näo há paciência para ter esperança, no que se refere a uma Igreja que parece parada. Este é o maior perigo. O medo faz heróis. A exaustäo, a resignaçäo e a falta de paciência fazem desertores...
Fiel...
...aos meus melhores hábitos, começo por reclamar e manifestar o meu desagrado. Uns tempos fora e, ao regressar, deparo com casas fechadas, outras cheias de teias de aranha, meio abandonadas... Fico chateado, claro que fico chateado!
Claro que nem tudo é mau. Há casas fiéis e blogueiros perseverantes que me obrigam a manter um certo optimismo no que toca ao futuro da espécie: é este caso, este, este, este, este, este, este, este, mais este e talvez outros que ainda näo tive oportunidade de revisitar. Até há um emigrante persistente, que gosto sempre de visitar.
Por falar em futuro da espécie, descobri gente nova a blogar por aí. Sugiro uma visita ao Cidade Eterna, ao Derrotar Montanhas, ao Jogo de Palavras e ao Galafura.
Continuarei a fazer a ronda de reconhecimento...
segunda-feira, outubro 02, 2006
As saudades...
...que eu já tinha desta minha casinha e de todos os meus amigos blogosféricos!
Olá a todos.
Depois de um Veräo feito de muitas coisas, espero voltar a ganhar ritmo.
Estamos todos? Entäo vamos lá ver se damos vida a este Adro...
Olá a todos.
Depois de um Veräo feito de muitas coisas, espero voltar a ganhar ritmo.
Estamos todos? Entäo vamos lá ver se damos vida a este Adro...